Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está sendo investigado por apologia ao crime, que teria ocorrido durante o 5º Simpósio Internacional Maconha Outros Saberes, em maio do ano passado. Eles prestaram depoimento no 16º Distrito Policial (DP), na Vila Clementino, zona sul paulistana, na última quarta-feira (21). Entre os investigados está um dos maiores pesquisadores de entorpecentes no país, professor emérito da Unifesp, Elisaldo Carlini.
O Ministério Público decidiu abrir a investigação porque os organizadores do evento convidaram Geraldo Antonio Baptista para palestrar em uma das mesas. Conhecido como Rás Geraldinho, ele está preso desde 2013, condenado por tráfico de drogas. Geraldinho é fundador de uma igreja de denominação rastafari em Americana, no interior paulista. A filosofia religiosa utiliza a maconha como parte de seus rituais.
Os pesquisadores pediram autorização judicial para que Geraldo pudesse comparecer ao simpósio. A Justiça, no entanto, negou o pedido, e o evento aconteceu sem a participação do religioso. Ele deveria falar sobre o uso ritualístico da substância.
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