César Lattes é uma figura icônica na história da física brasileira, conhecido por suas descobertas revolucionárias e contribuições inestimáveis para a ciência. Sua pesquisa pioneira sobre partículas subatômicas, culminando na identificação do méson pi, não apenas expandiu os horizontes da física nuclear, mas também colocou o Brasil no mapa da pesquisa científica global. Isso é o que discute reportagem da nova edição da Ciência & Cultura, que celebra o centenário do físico brasileiro César Lattes.
Uma das contribuições mais marcantes de Lattes para a comunidade científica foi sua descoberta do méson pi, uma partícula fundamental para a compreensão das forças nucleares. Mesmo sem receber o Prêmio Nobel de Física, para o qual foi indicado sete vezes, Lattes continuou incansavelmente seus estudos. Em seus experimentos no Monte Chacaltaya, na Bolívia, confirmou suas teorias e identificou o méson pi, uma partícula crucial para a compreensão da física nuclear pós-guerra. Suas descobertas não apenas avançaram o conhecimento científico, mas também inspiraram uma nova geração de cientistas no Brasil. “Não é possível pensar a ciência no Brasil sem o Lattes”, afirma Antonio Augusto Videira Passos, professor do Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para o pesquisador, Cesar Lattes não apenas ajudou a apontar novos caminhos para a física de partículas, mas também contribuiu significativamente para ao avanço da ciência nacional.
Após suas experiências no exterior, em 1949, Lattes retornou ao Brasil. Reconhecido como um dos maiores cientistas brasileiros, Lattes desempenhou um papel crucial na fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua dedicação incansável à busca do conhecimento e sua coragem em explorar novos horizontes fizeram dele um ícone da ciência brasileira e um exemplo vivo do potencial científico do país. “Fazer ciência é ter ousadia, é ter curiosidade, é gostar do caminho que se está percorrendo. A pessoa que quer se dedicar à ciência tem que ter a mente aberta e estar sempre preparada para corrigir sua rota. E o Lattes era assim”, finaliza Antonio Videira.
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Ciência e Cultura