A Fotografia moderna de Monteiro Lobato e Mário de Andrade: encontros e desencontros

Escritores se expressaram – e expressaram o Brasil – através de suas fotografias. Confira em artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura

CC-2-edicao-opiniao-fotografia-moderna-de-lobato-e-mario-capa1-ppdykun6fqtjnm9t0h7lra8nzft3lgx69xdv761nk8Os escritores paulistas Mário de Andrade e Monteiro Lobato dividiram uma conhecida rivalidade ao longo de suas carreiras. A Semana de Arte Moderna de 1922 serviu para “apimentar” o desentendimento entre um Lobato conservador e acadêmico e os modernistas inovadores. Porém, Lobato e Mário compartilhavam um amor comum: a fotografia. Isso é tema do artigo especial da mais nova edição da revista Ciência & Cultura: A semana de Arte Moderna e o Século Modernista — Extensões.

Os dois se envolveram com experimentos fotográficos já no final dos anos 1920. Seguindo caminhos diferentes, Mário de Andrade viaja para Minas Gerais, e depois para o Norte e o Nordeste, cumprindo a agenda modernista de “descobrimento do Brasil” e fotografando exaustivamente a população local. Já Monteiro Lobato vai para os Estados Unidos e descobre a América, registrando o modo como a mulher e os filhos vão sendo afetados pela sua paisagem técnica e antecipando uma visão de progresso que está na origem de suas campanhas pela modernização econômica do país.

Para Mauricio Lissovsky, professor de Teorias da Imagem e da Visualidade na pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ambos são fotógrafos amadores, mas não ingênuos. “Criticaram duramente a fotografia profissional praticada no Brasil nas primeiras décadas do século XX e assinaram revistas especializadas”, explica o pesquisador, em artigo para a revista. “Para os escritores, o espaço fotográfico é um lugar privilegiado de performance e experimentação”, diz.

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https://revistacienciaecultura.org.br/?p=2213