A Semana de Arte Moderna de 1922

Segunda edição da revista Ciência & Cultura discute o centenário do evento que continua sendo importante referencial para reflexões artísticas e sociais

Foram apenas três dias, mas eles abalaram profundamente a sociedade da época — e seus reflexos continuam sendo sentidos até hoje. Apesar de todas as críticas que a cercam, não se pode negar que a Semana de Arte Moderna de 1922 têm desdobramentos que marcam sensivelmente as buscas de um novo modo de pensar.

Realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, a Semana pretendia romper com o “passadismo”, apresentando uma nova estética artística para todos os campos das artes, além de buscar produzir uma arte originalmente brasileira. A recepção ao evento foi controversa: enquanto alguns admiravam a inovação dos artistas, a maioria criticava duramente suas obras.

A Semana de Arte Moderna só ganhou sua importância com o passar dos anos, e o seu principal legado foi desprender a arte brasileira da reprodução de padrões europeus, dando início à construção de uma cultura essencialmente nacional.

“Até hoje, a Semana de 1922 é envolvida por questões: o evento provoca choques e rupturas? Acentua um ‘tom festivo’, ou seja, não é um movimento sério? Alcança parâmetros mais críticos em relação à arte? É de natureza mais destrutiva ou constrói novas perspectivas para a estética do país?”, questiona Elza Ajzenberg, professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a pesquisadora, talvez nunca se encontre um consenso na conceituação da Semana de 1922, ou da sua validade, porém é certo que a Semana representa para a evolução artística brasileira um verdadeiro “divisor de águas”.

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