Está na hora de pensar a universidade do futuro no Brasil. Em discussão está o que é preciso adaptar, mudar, acelerar para que esse sistema de geração de conhecimento seja de qualidade, acessível, absorvido pelo mercado brasileiro e pensado para o interesse público. Isso é o que mostra reportagem da nova edição da Ciência & Cultura, que tem como tema “Universidade do Futuro do País”.
A universidade é fundamental à formação de pessoal qualificado e tem uma representatividade significativa na pesquisa mundial, mas como torná-la atrativa, adaptável e de qualidade para todos? Para Renato Dagnino, professor do Departamento de Políticas Científicas e Tecnológicas (DPCT) da Unicamp, um dos papéis da universidade é atender as demandas da sociedade e pesquisar soluções para ela. O sistema atual é muito elitizado e voltado para a pesquisa ao estilo europeu ou norte-americano, o que não condiz com a realidade latina. “Existe toda uma estrutura voltada para um tipo de pesquisa que não atende a realidade brasileira, não dialoga com aqueles que pagam a universidade através dos impostos. A classe baixa e a média têm demandas coletivas que não são atendidas.”
Para que essas mudanças ocorram, a universidade precisa aprender a conversar: não apenas com seus pares – docentes, pesquisadores, servidores, agências de fomento, gestores – mas também com outras instituições, com o governo, com a indústria e, especialmente, com a sociedade.
Adotar um currículo mais multicultural com possibilidades de ser desenvolvido em qualquer universidade do mundo; pesquisas interdisciplinares e em redes de pesquisas com participantes de diversas universidades do mundo, sobre questões amplas da humanidade; atividade de extensão voltada para a sociedade mais ampla e não só a local, regional ou nacional, são algumas das ideias que já estão sendo adotadas. “Uma coisa que podemos ter certeza é que a universidade continuará a existir daqui a 100 anos. A certeza vem da sua capacidade em ‘ler’ as necessidades da sociedade e de se adequar a elas. A universidade deve ser mantida pelo próprio bem da sociedade. A forma como ela será, está na relação direta de como a sociedade será”, afirma Elisabete Monteiro de Aguiar Pereira, professora da Faculdade de Educação da Unicamp e coordenadora do Grupo Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Educação Superior.
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https://revistacienciaecultura.org.br/?p=3930
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