O abaixo-assinado em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) – #SomosTodosCNPq – ganhou apoio de famosos e já conta com mais de 770 mil assinaturas. A atriz global Nathalia Dill e o cantor Caetano Veloso compartilharam o link da petição em suas redes sociais convidando seus seguidores a aderirem à campanha de apoio aos pesquisadores brasileiros.
“Uma sociedade que não apoia a pesquisa é uma sociedade estagnada. É a partir da pesquisa que a gente descobre a cura para novas doenças, formas mais eficazes para a gente não poluir, para cuidar do meio ambiente, para melhorar o estilo de vida”, declarou Dill em vídeo divulgado nas redes sociais pelo coletivo #342Artes nessa terça-feira. Caetano Veloso compartilhou a publicação protagonizada pela atriz.
As adesões do abaixo-assinado #SomosTodosCNPq dobraram nas últimas 24 horas. Mais de 100 entidades científicas de todo o País subscrevem a petição, lançada no dia 13.
A manifestação é endereçada à Presidência da República, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Presidência do Senado e da Câmara dos Deputados; à Comissão de Ciência Tecnologia e Inovação do Senado, Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados; à Frente Parlamentar Mista em Defesa da Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação e parlamentares do Congresso Nacional.
No abaixo-assinado, as entidades científicas alertam para a situação crítica em que se encontra a agência, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto da petição, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano. A petição conclama as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte do CNPq e a colocarem também, no Orçamento de 2020, os recursos necessários ao funcionamento pleno do CNPq.
“A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira”, afirmam no manifesto.
A petição online está disponível neste link. Conclamamos todos a assinarem e compartilharem em suas redes de contatos. Quanto mais adesão, mais força a petição terá.
Jornal da Ciência