Reunião Especial da SBPC em Alcântara discute a água e sua importância para o planeta


A escassez e a falta de água são problemas que fazem parte da realidade da maior parte dos 22 mil habitantes do município Alcântara (MA). Por isso, é fácil entender o interesse pelos temas relacionados a ela, demonstrado pelos alunos do Ensino Fundamental, que participaram da Reunião Especial da SBPC em Alcântara, realizada entre segunda-feira e termina hoje.

A escassez e a falta de água são problemas que fazem parte da realidade da maior parte dos 22 mil habitantes do município Alcântara (MA). Por isso, é fácil entender o interesse pelos temas relacionados a ela, demonstrado pelos alunos do Ensino Fundamental, que participaram da Reunião Especial da SBPC em Alcântara, realizada entre segunda-feira e termina hoje. Duas atividades desenvolvidas em quatro Polos Educacionais do município trataram da água, seu ciclo e sua importância para a humanidade e o planeta.

Em uma delas, foi construído um terrário para demonstrar como funciona a evaporação, a formação de nuvens e a chuva. Também foi mostrado como fazer a limpeza da água com a construção de um filtro com garrafa PET, areia, pedras e carvão. Além disso, foi explicado às crianças como se faz uma armadilha para o mosquito transmissor da dengue, o que serviu para discutir os métodos de prevenção de doenças para as quais a água tem papel essencial na sua disseminação. “As crianças adoraram nossa oficina”, disse a bioquímica Valquíria Medeiros, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, e uma das responsáveis pela atividade. “Procuramos abordar questões que estão na realidade dos estudantes daqui. Como isso, conseguimos prender a atenção deles.”

 Um gibi foi o meio usado na outra oficina para tratar das questões relativas à água. Na verdade, o livrinho distribuído aos alunos tem um objetivo maior que a alfabetização científica e a popularização da ciência. “Por meio da história em quadrinhos do gibi podemos tratar de vários temas”, explicou a bióloga Nilana Barros, professora da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Entre eles, lixo e poluição, desperdício de água, tipos de nuvens e reciclagem. A maioria dessas crianças nunca viu um gibi. Abrimos um novo mundo para elas. Também ajudamos a criar uma consciência ambiental nessas comunidades.”

As crianças, que demonstraram ter um bom conhecimento sobre a dengue, gostaram de receber outros conhecimentos que não tinham. “Aprendi que nem toda água está limpa apenas por ser transparente”, contou Natan dos Santos Pereira, de 10 anos, aluno do 3º ano, da Escola Municipal D. Pedro II, do povoado de Arenhengaua, a cerca de 45 quilômetros da cidade de Alcântara. “Ela pode transmitir muitas doenças, mesmo quando a gente acha que ela está limpinha e boa para beber.”

(Evanildo da Silveira – de Alcântara)