Reitor da UFSCar comenta em artigo que reflexões da 67ª Reunião Anual da SBPC continuarão repercutindo muito após o encerramento do evento
Em 2015, ao celebrar os seus 45 anos, a UFSCar teve a honra e o privilégio de sediar a 67ª Reunião Anual da SBPC. Porém, não é de olhar para o passado este momento. Isto porque se, de um lado, as características marcantes desta 67ª edição estão profundamente relacionadas à trajetória da UFSCar até hoje, as discussões realizadas durante a Reunião Anual continuarão repercutindo ainda por muito tempo. Destaco, principalmente, aspectos das SBPC Indígena, SBPC Inovação e SBPC Jovem.
Em 2007, ao aprovar o seu Programa de Ações Afirmativas, a UFSCar mais uma vez demonstrou pioneirismo e ousadia, dentre outros motivos por prever a criação de vagas adicionais para estudantes indígenas em todos os seus cursos de graduação. Hoje, estudam na UFSCar mais de 100 indígenas de 29 etnias brasileiras que, na SBPC Indígena, demonstraram as transformações provocadas pela sua presença na Universidade e o amadurecimento das reflexões que lideram, ao reivindicarem, por exemplo, a participação dos pesquisadores indígenas na formulação das políticas de CT&I brasileiras. Em São Carlos, realizamos a primeira edição da SBPC Inovação, e se, desde o princípio, sabíamos da pertinência de realizá-la naquela que é conhecida como “Capital da Tecnologia”, os desdobramentos das discussões empreendidas superaram, em muito, nossas melhores expectativas, configurando um marco na consolidação da interação entre Universidades, Empresa e Governo para a promoção da inovação. Nos levam a olhar para o futuro sobretudo os resultados da SBPC Jovem, que recebeu, diariamente, cerca de cinco mil visitantes, crianças, jovens, seus professores e familiares. Estamos certos de que muitas dessas crianças serão cientistas no futuro em função deste seu primeiro contato com a Ciência aqui, na UFSCar, na 67ª Reunião Anual da SBPC.
Targino de Araújo Filho
Reitor da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar