De passagem por Maceió, Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação durante o governo Dilma Rousseff e atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) conversou com o Balaio Cultural e falou a respeito do atual estado das coisas no Brasil às vésperas de palestrar no palco do Teatro Deodoro como parte da programação do evento Diálogos Contemporâneos.
Renato Janine Ribeiro é professor do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) e já publicou 14 livros ao longo da carreira. Por sua vasta trajetória profissional tanto no mundo acadêmico quanto nos gabinetes do poder federal, é uma importante voz no debate nacional sobre ciência, educação e pesquisa.
Em entrevista exclusiva ao Balaio Cultural, o paulista de 71 anos comentou sobre o recente corte de recursos federais para a pesquisa no Brasil, autorizado pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, por meio do Projeto de Lei 16/21 (PLN 16/21), avaliou o discurso dos brasileiros anti-ciência – a quem se refere como “ignorantes arrogantes”, – e refletiu sobre pandemia, vacinas e recrudescimento da ala conservadora e neopentecostal no país.
Balaio Cultural: O tema de sua palestra em Maceió abordará o Brasil como um grande consumidor de obras literárias voltadas à religião, com destaque para o fenômeno atual da ala neopentecostal. Qual o sentimento por vir à capital alagoana e o que pensa sobre a dicotomia desse fenômeno neopentecostal sob a ótica da ética?
Renato Janine Ribeiro: Estou muito contente. Maceió é uma cidade que eu conheço, estive aí várias vezes, tanto a trabalho como a lazer. Bom, a espiritualidade não pode ser o reino do ódio. Todas as religiões possuem seus apóstolos do ódio. É preciso ter em mente não apenas aquilo de ‘não fazer o mal’, mas também o ‘não deixarás que o seu irmão morra de fome’. Esse é um ponto crucial da ética, acudir os mais humildes.
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