A ciência e a educação poderão ter reforçada a representação no Congresso Nacional na próxima legislatura em 2023. Cinquenta cientistas, pesquisadores, professores e ex-reitores vão se candidatar a deputados e senadores nas eleições deste ano com o compromisso de defender os interesses da CT&I e Educação.
Entre eles estão alguns já populares como o ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o físico Ricardo Galvão, pré-candidato a deputado Federal por São Paulo pelo Rede. Galvão ficou conhecido de todo País quando foi demitido logo no primeiro ano do governo Bolsonaro por ter se recusado a mentir sobre o desmatamento da Amazônia.
No Rio de Janeiro, a pesquisadora Tatiana Roque, professora titular do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é pré-candidata a deputada Federal pelo PSB. Em Goiás, o professor e ex-reitor da federal UFG, Edward Madureira Brasil, vai sair como candidato a deputado Federal pelo PT. Madureira também é ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O lançamento de uma bancada da ciência no Congresso vem sendo articulado desde 2018 por um grupo de cientistas e entidades. O químico Aldo Zarbin, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participou do grupo e explica que a ideia surgiu como reação ao descaso das autoridades com a CT&I e a educação e a percepção de que nada mudará se não houver uma representação no parlamento.
Na opinião dele, os candidatos vão contar com uma opinião pública favorável. “Passamos um período terrível com a pandemia, a ciência e a tecnologia é que estão nos salvando: as vacinas, os tratamentos, os materiais como máscara, o conhecimento sobre o ciclo de vida do vírus, como interrompe-lo, como minimiza-lo, como fazer os tratamentos no caso de infecção. A ciência está nos mostrando isso tudo e a população teve essa noção”.
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Janes Rocha –Jornal da Ciência