
Cientista da Computação graduada, mestre e doutora pela Universidade Federal da Paraíba, Francilene Procópio Garcia tem larga experiência com políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e amplo conhecimento dos atores que se movem no atual cenário geopolítico científico, os EUA e a China.
Longe de um perfil exclusivamente acadêmico, Garcia tem em seu currículo passagens por instituições de apoio ao empreendedorismo em CT&I como a Anprotec e o Sebrae, e parte de sua formação na China. Este ano, quando conclui a atuação de vice-presidente no segundo mandato de Renato Janine Ribeiro à frente da SBPC (2023-25), ela fala ao Jornal da Ciência sobre sua visão do cenário que se abre para o Brasil dentro da movimentação geopolítica atual.
Jornal da Ciência – Como você vê o novo cenário geopolítico com a mudança de governo nos Estados Unidos, seus ataques à ciência e ao multilateralismo e a ascensão da China nos campos econômico e tecnológico?
Francilene Procópio Garcia – O que estamos vendo é um período de reconfiguração da governança científica global com o recuo dos Estados Unidos, não só científica, mas em várias áreas. Na medida que o governo (Donald) Trump inicia um novo ciclo institucionalizado de negacionismo, tanto do ponto de vista científico como humanitário, com impactos diretos no enfrentamento das mudanças climáticas e na saúde global, abre-se uma discussão sobre a reconfiguração geopolítica da ciência propriamente dita. Esse movimento, combinado ao avanço da China e ao protagonismo da União Europeia, pode levar a um reposicionamento estratégico de diversos países, incluindo uma janela de oportunidades para o Brasil.
Leia a entrevista completa no Jornal da Ciência Especial que está disponível para download na aba JC Especial do site do Jornal da Ciência.
Janes Rocha – Jornal da Ciência