Cesar Lattes na Universidade Federal do Mato Grosso

Projeto Lattes deu oportunidade à UFMT de fazer parte de um grupo de destacadas instituições de pesquisa na área de raios cósmicos, altas energias e geocronologia. Confira em artigo da nova edição da Ciência & Cultura

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A passagem de Cesar Lattes pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) deixou um grande legado. Seu empenho em criar grupos de pesquisa, especialmente na área dos raios cósmicos, influenciou profundamente a universidade. Isso é o que discute artigo da nova edição da Ciência & Cultura, que celebra o centenário do físico brasileiro Cesar Lattes.

No texto, a professora Iramaia Jorge Cabral de Paulo, do Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental da UFMT, compartilha em suas memórias um encontro que mudou sua vida aos 19 anos e definiu sua dedicação aos estudos e à formação de professores de Física. Lattes, conhecido pela descoberta do méson pi, cativou rapidamente os estudantes com sua personalidade calorosa e suas opiniões incisivas sobre a ciência. “A existência do Píon, ou Méson Pi, foi comprovada experimentalmente por César Lattes, então jovem com 24 anos”, relembra a pesquisadora.

A visita de Lattes resultou em protocolos de cooperação científica entre instituições, incluindo a UFMT e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, abrindo portas para o Programa Cesar Lattes. Esse programa ambicioso prometia um novo capítulo para a física da UFMT, envolvendo pesquisadores do Brasil, Japão, União Soviética, Itália, Polônia e Bolívia. Com a inauguração desse projeto, a universidade passava a ter a oportunidade de realizar pesquisa de ponta, ampliando seu papel no cenário científico nacional e internacional.

A chegada de Lattes e a subsequente vinda do professor Takao Tati do Japão foram marcos importantes. Takao Tati, em uma palestra sobre energias ultra-altas, abordou temas avançados da física, apontando para novos horizontes de conhecimento. Enquanto isso, projetos sobre raios cósmicos e estudos geocronológicos da Chapada dos Guimarães e Pantanal Mato-Grossense mostravam a amplitude e profundidade do programa. No entanto, o Programa Cesar Lattes não foi isento de desafios. Críticas sobre sua validade, especialmente por ser desenvolvido em uma universidade regional, levaram a reflexões sobre o papel da ciência e do desenvolvimento tecnológico no mundo moderno. “O Programa Cesar Lattes era a oportunidade sonhada para a implementação da pós-graduação ao nível de mestrado e doutorado”, afirma Iramaia de Paulo.

Leia o artigo completo:

https://revistacienciaecultura.org.br/?p=5691

Ciência & Cultura