China aponta o caminho

Se o país asiático provou que não são necessários muitos bilhões de dólares para inovar em IA, Brasil pode chegar lá, dizem especialistas em reportagem da nova edição do Jornal da Ciência Especial. Publicação completa está disponível para download gratuito

JC_811_capaPlataforma de Inteligência Artificial (IA) generativa chinesa, a DeepSeek-R1 quebrou a banca na qual as “big techs” estadunidenses davam as cartas. A R1 foi criada por uma equipe liderada pelo jovem engenheiro chinês Liang Wenfeng com recursos de um fundo de investimentos que ele mesmo montou para o desenvolvimento de IA.

Semelhante ao ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, da Google, o chatbot foi lançado sem muito alarde no mesmo dia da posse de Donald Trump na Casa Branca. Pouco mais de um mês depois, no início de março, pesquisadores chineses anunciaram ter chegado a um novo computador quântico supercondutor, equiparando a corrida pelo desenvolvimento desta que está sendo considerada a nova fronteira na computação de alto desempenho.

O salto da DeepSeek deve acelerar o processo de inovação tecnológica e a corrida pela fronteira tecnológica por parte da China, mas também pelos Estados Unidos, opina Elias Jabbour, professor de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Uerj. Jabbour não se surpreendeu com a aceleração tecnológica do país que ele estuda há quase 30 anos, escreveu mais de 50 artigos e quatro livros, o último deles “China, o Socialismo do Século XXI” (Boitempo, 2021).

“O que acontece, sob o meu ponto de vista, é que a China utiliza boa parte de seus recursos (públicos) em pesquisa e desenvolvimento científico, diferentemente dos Estados Unidos, que tem uma economia financeirizada”, comentou.

A nova edição do Jornal da Ciência Especial traz esta e outras abordagens sobre a nova ordem mundial que está deslocando o eixo geopolítico das lideranças em Ciência, Tecnologia e Inovação. Cientistas, pesquisadores e especialistas foram entrevistados para ajudar a avaliar as perspectivas para o Brasil e o mundo.

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Janes Rocha – Jornal da Ciência