Ciência no pós-pandemia

Para refletir sobre a ciência brasileira no pós-pandemia, o programa Olhar da Cidadania, dessa quarta-feira, 30 de junho, contou com a participação de Cláudia Linhares, diretora da SBPC, e Marcia Barbosa, professora titular da UFRGS

A pandemia de covid-19 trouxe a pesquisa científica para o centro do debate público no Brasil. Contudo, a crescente onda do negacionismo, aliada à falta de investimentos, vem afetando a ciência brasileira. Para refletir sobre a ciência brasileira no pós-pandemia, o programa Olhar da Cidadania dessa quarta-feira, 30 de junho, contou com a participação de Cláudia Linhares, diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e Marcia Barbosa, professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segundo Linhares, o negacionismo, que é um fenômeno mundial, está presente no Brasil antes mesmo do começo da pandemia, mas que foi intensificado. “Com a pandemia, muitas tomadas de decisões foram contrárias aos estudos científicos, como o distanciamento social e o uso de máscaras, o que poderia ter evitados muitas mortes”, comentou Linhares que é também professora titular da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Ao abordar o pós-pandemia e a falta de investimentos, Barbosa disse que os cientistas que não trabalham com pesquisas ligadas diretamente à temas relacionados ao novo coronavírus, principalmente aqueles que dependem de laboratórios, terão dificuldade para retomar seus trabalhos por terem ficados muito tempo parados. “Com os laboratórios fechados, muitos equipamentos precisarão de manutenção e não há recursos”, comentou.

O programa também contou com a participação dos colunistas Christian Dunker, psicanalista e professor titular da USP, que falou sobre o definhamento no isolamento, e Marcos Perez, professor da Faculdade de Direito da USP, que falou sobre discriminação étnica na América Latina.

Ouça na íntegra: Programa Olhar da Cidadania, do Observatório na Rádio USP