Com mais de quatro mil visitantes, “Dia da Família na Ciência” encerra a 70ª Reunião Anual da SBPC

Uma festa da ciência, da cultura e da arte local, o último dia de atividades da Reunião Anual, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), atraiu visitantes de todas as idades da cidade de Maceió e da região no sábado, 28 de julho

A 70ª Reunião Anual da SBPC, que começou no dia 22 de julho, encerrou suas atividades no último sábado (28), com o “Dia da Família na Ciência”, marcado pela participação expressiva de visitantes da região, de todas as idades. A chuva que caiu o dia todo não desmotivou nenhum pouco as pessoas a participarem do evento, realizado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió (AL): ao longo de todo o sábado, mais de 4 mil pessoas passaram pelas atividades oferecidas, em um dia dedicado à integração entre cultura, ciência e recreação para crianças, jovens e seus familiares. As atividades deram continuidade à programação que aconteceu durante a semana nos auditórios da Ufal e nos estandes da ExpoT&C, SBPC Jovem, SBPC Cultural e SBPC Afro e Indígena, que envolveu mais de 12 mil pessoas, entre participantes inscritos e visitantes, de todas as regiões do País.

Para o vice-reitor da Ufal e coordenador da comissão local da RA, José Vieira Cruz, o evento foi extremamente positivo para a Universidade e para a população local. “A comunidade compareceu em massa ao Dia da Família na Ciência. Foi muito bom ver nossos técnicos, estudantes, monitores, toda a comunidade, frequentando a tenda da SBPC Jovem, visitando a ExpoT&C, participando das apresentações culturais. O show da banda Vibrações,  que encerrou o evento à noite, foi  super concorrido. O dia correu tranquilo e, mesmo com a chuva, tivemos mais de 4 mil pessoas visitando, e o mais positivo é que a sociedade passou a ver a Ufal com outros olhos. E a nossa comunidade acadêmica resgatou a estima da Universidade de ser  compreendida não só como um lugar de trabalho e estudos, mas como um lugar de difusão de conhecimentos, de arte e diversão. O balanço é evidentemente positivo”, declarou ao Jornal da Ciência.

A dona de casa Klívia Mendonça, ficou sabendo do evento por meio de amigos e veio à Universidade com o marido e os filhos, de dois e quatro anos. “Estamos adorando, a estrutura é maravilhosa, e as atividades encantadoras. Trouxemos nossos filhos porque acho que os pais precisam oferecer cultura e educação aos filhos.  E um espaço como este pode despertar novos interesses. Queremos dar boas oportunidades a eles”, afirma.

Micaele Ferreira, de 17 anos, e Mivia Ferreira, de 15 anos, estavam felizes pela oportunidade de conhecer novos experimentos. “A princípio íamos vir com a escola. Como a excursão não deu certo, nossa madrinha resolveu nos trazer”, explica Micaele.

“Quero fazer faculdade de audiovisual, mas adorei o evento. Abre um leque de conhecimentos e pode ajudar àqueles jovens que ainda não decidiram o que fazer”, disse Mivia que pensa em fazer faculdade em Recife (PE).

A fisioterapeuta Késia Tenório trouxe três sobrinhos, entre 5 e 10, anos que estavam eufóricos pelas atividades. “Eles estão amando e fico feliz porque é muito importante estimular e despertar a prática científica nos jovens. Aqui eles aprendem brincando e absorvem de uma maneira divertida”, explica.

Erika Rannielly, Ana Clara Fernandes, Livia Gracielli de Melo Ribeiro, todas com 11 anos, foram ao evento com a escola. “Estamos adorando e como quero ser veterinária, gostei muito das atividades de biologia”, disse Rannielly.

Nunca é tarde para aprender

O evento mostrou também para adultos que nunca é tarde para aprender. Essa foi a conclusão da dona de casa Maria do Socorro Ferreira Alves que esteve na Ufal junto com o filho e o neto de 3 anos. “Eu trouxe meu neto e filho porque ‘sabedoria’ nunca é demais e ajuda no futuro de ambos. E estou surpresa, porque até eu estou aprendendo coisas interessantes”, disse ela que tomou conhecimento do evento pela TV.

Quem também acabou tendo novas experiências foi o mecânico Antônio Silva, de 58 anos, que veio ao evento com os netos de nove e 12 anos, e a filha. Ele conta que a neta tinha vindo durante a semana com a escola, mas como tinha gostado muito, pediu para voltar e trazer o irmão. “Achei tudo muito interessante. Acho importante que aconteçam atividades assim. Não tive oportunidade de estudar, mas entendo a importância da educação para todos. E até eu estou gostando, principalmente, as atividades de robótica”, disse.

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Vivian Costa – Jornal da Ciência