Como o Brasil pretende repatriar pesquisadores

Governo lança programa de bolsas em busca de doutores e mestres que estão no exterior. Francilene Garcia, vice-presidente da SBPC, afirma à DW que a entidade considera prioritário criar condições para os doutores que se formam seguirem fazendo pesquisa no País, como melhores instalações de pesquisa e bolsas mais elevadas

O governo brasileiro quer atrair de volta para o país pesquisadores que estejam no exterior. A oferta? Uma bolsa mensal maior do que a oferecida a pesquisadores já no Brasil, verbas para pesquisa e viagens a trabalho e um pacote de benefícios.

O programa, inédito no Brasil, foi anunciado no final de julho, após debates da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, com pesquisadores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sobre como aproveitar melhor a experiência desses brasileiros no exterior.

O anúncio de mais recursos para a pesquisa é bem-vindo para a comunidade científica, mas alguns avaliaram que, antes de investir na atração dos que estão no exterior, o governo deveria priorizar políticas para reter e fixar os doutores que já estão no país.

Chamado Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil, ele selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil, e custará cerca de R$ 825 milhões em cinco anos.

O que está sendo oferecido

O CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa em empresas ou, no caso dos doutores, também em universidades em institutos brasileiros. As bolsas são isentas de imposto de renda.

Os selecionados receberão auxílios para viajar e se instalar no país, contratar plano de saúde e contribuir para o INSS, por quatro anos – prorrogáveis por mais um.

Veja o texto na íntegra: DW-Brasil