Como planejar um futuro que não é mais o que era no passado

Em artigo para a nova edição do Jornal da Ciência Especial, Renzo Taddei, professor de antropologia na Unifesp discute a necessidade de aprender a ver as conexões com o mundo que, ao longo do tempo, se fizeram invisíveis aos nossos olhos. Acesse gratuitamente a publicação

JC 806 - Foto Artigo Renzo TaddeiO mundo ainda não foi capaz de reduzir suas emissões de carbono. Olhemos ao nosso redor: sequer chegamos ao 1,5°C de aquecimento e a contabilidade de perdas humanas e de infraestruturas é estarrecedora. E notemos que a curva nos gráficos de emissões de carbono dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) continua ascendente e, a despeito de alertas dos cientistas, de organizações como a ONU e até do papa Francisco, o mundo segue a caminho dos 3°C de aquecimento.

É preciso falar sobre essas questões, e isso não tem qualquer relação com catastrofismo, ou com a intenção de alastrar o pânico. Os dados sobre o aquecimento global estão bem estabelecidos pela ciência e não há controvérsia alguma em torno dessas questões. Ocorre, no entanto, que evitamos pensar no que é desagradável e, por isso, e neste caso especialmente, a forma como planejamos nosso futuro acaba diretamente impactada. O que quero discutir aqui é como pensamos sobre o futuro, principalmente quando o custo emocional disso é muito alto. Mais do que nunca, literalmente, precisamos pensar no futuro de maneira melhor e mais eficiente do que fizemos no passado.

O artigo completo está na nova edição do Jornal da Ciência Especial nº 806, disponível para download gratuito

Janes Rocha – Jornal da Ciência