A violência “LGBTfóbica” tem algumas particularidades, partindo de três grandes dimensões da sociedade: são crimes violentos — não apenas letais, mas incluem discriminação, espancamentos dentro da família (que é um foco de violência) — estatal (institucional) e sociedade (locais de trabalho, escolas).
A análise é do cientista social Felipe Bruno Martins Fernandes para o especial sobre violência do Jornal da Ciência. Professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, Fernandes é também Líder do Gir@ — Núcleo de Estudos Feministas em Política e Educação.
“A violência LGBTfóbica vem de vários lados, muitas vezes a vítima de uma violência na rua não tem o acolhimento nem em casa, nem nas instituições estatais que deveriam cumprir com esse papel. Há poucos locais de acolhimento, de recepção, de preocupação com as vítimas”, define.
A título de comparação, Fernandes frisa que existe uma “sanção moral” na sociedade contrária aos ataques às mulheres, por exemplo, que não se encontra em relação aos homossexuais. “Por mais que a violência contra a mulher seja tão crônica e espraiada pela sociedade, com números exorbitantes, há uma sanção moral: não se deve bater na mulher”.
O anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado este ano apontou um aumento nos registros de lesão corporal dolosa (20,9%), homicídio (24,7%) e estupro (20,5%) de LGBTQI+.
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Janes Rocha – Jornal da Ciência