A 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começa daqui a dez dias cheia de novidades, uma delas é o retorno dos minicursos presenciais. Serão oferecidos 46 minicursos no campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA), sede desta edição do evento, além de 32 webminicursos, que serão disponibilizados online. E entre os 78 cursos oferecidos, destacam-se aqueles que exploram a diversidade de peixes da região Amazônica.
Com o tema “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, o encontro será realizado de 7 a 13 de julho, em Belém (PA). As matrículas para os minicursos seguem abertas até 7 de julho e a lista completa pode ser conferida ao final deste texto ou no site do evento.
Para os interessados em conhecer um pouco da diversidade de peixes da região Amazônica, o evento oferece a oficina presencial “Peixes comercializados na Amazônia costeira: reconhecendo os principais grupos”, que será ministrada por Grazielle Fernanda Evangelista Gomes, Paula da Conceição Praxedes Santana e Thais Sousa Martins, todas da UFPA. Nesta atividade, as professoras vão abordar grupos (evolução e sistemática); morfologia; caracteres para identificação morfológica das principais famílias; e identificação molecular com Barcode de DNA.
Também será possível conhecer a “Genética forense de pescado amazônico” em outro minicurso presencial. Nesta oficina, Simoni Santos da Silva, Luciana Almeida Watanabe Castro e Andressa Jisely Barbosa Ribeiro, todas professoras da UFPA, abordarão a diversidade de peixes de importância comercial na Amazônia, marcadores de DNA utilizados na identificação de espécies, métodos de identificação molecular de espécies, métodos de extração de DNA, reação em cadeia da polimerase, PCR multiplex, eletroforese, autenticação de pescado processado.
Para aqueles que desejam aprender mais sobre as espécies invasoras, o encontro ofertará o minicurso intitulado “Macrobrachium rosenbergii (camarão gigante-da-Malásia): um gigante também na invasão de águas amazônicas”, que será ministrada pelas professoras Dalila Costa Silva, Victoria Marena do Rego Henriques e Viviane Cristina da Costa Santos, todas também da UFPA.
Nesta oficina presencial, as ministrantes explicaram que as invasões biológicas têm sido frequentes e podem trazer danos ambientais e econômicos para as áreas onde são introduzidas de maneira acidental ou intencional. “Uma espécie é exótica quando é encontrada fora de sua distribuição natural e invasora quando causa prejuízos a diversidade biológica do local de introdução. Dessa forma, o minicurso tem como objetivo explanar sobre o cenário atual das espécies exóticas e invasoras no Brasil, com enfoque no camarão gigante-da-Malásia que está presente nos estuários amazônicos, trazendo riscos a biodiversidade local, em especial, ao camarão regional”.
Nesta edição, quem optar pelo minicurso presencial poderá cursar apenas um, pois todos ocorrerão simultaneamente, das 8h às 09h30, nos dias 9, 10, 11 e 12 de julho, no campus Guamá da UFPA. Os minicursos presenciais terão carga horária de 6 horas e, para receber o certificado, será preciso ter, pelo menos, 75% de presença nas aulas.
Os webminicursos terão uma carga horária que varia entre 4 e 6 horas de aulas gravadas, mas elas podem ser assistidas de 3 de junho a 30 de julho. E os interessados podem se inscrever em até cinco atividades, se houver vagas disponíveis.
As matrículas para ambas as modalidades poderão ser realizadas até 07 de julho, pelo site da 76ª Reunião Anual da SBPC (https://ra.sbpcnet.org.br/76RA), onde também constam as normas, a ficha de inscrição para o evento e mais informações.
A taxa de matrícula é R$ 15,00 para sócios quites da SBPC e R$ 30,00 para não sócios. Quem optar por matricular-se em mais de uma opção dos webminicursos (e no máximo cinco) obterá desconto no valor total.
Veja abaixo a lista dos MINICURSOS PRESENCIAIS:
- A constituição do pesquisador narrativo para a educação em ciências na Amazônia
- Análise de índices da plataforma adaptabrasil para gestão do setor saúde frente às mudanças climáticas
- Anatomia do Breaking: poéticas e estratégias metodológicas para o ensino da dança
- Como crescer nas redes sociais falando de ciência
- Como registrar e manter línguas e culturas indígenas através de gravações de áudio e vídeo usando o modelo enciclopédia digital
- Compreendendo o patrimônio cultural da saúde de Belém/PA
- Computação na educação básica
- Construção de materiais neuropsicopedagógico para crianças com TEA
- Curadoria e conservação de material zoológico para coleções didático-científicas na Amazônia
- Debates afrocentrados para a construção de políticas públicas educativas e práticas pedagógicas de combate ao racismo
- Descolonização dos produtos derivados do cacau
- Educação em saúde: das bases conceituais ao planejamento educativo
- Educação escolar indígena: (des)caminhos, direitos e possibilidades nas Amazônias
- Entre lutas e feminismos: o protagonismo das mulheres na proteção dos territórios das Amazônias
- Estuários e tidal rivers da zona costeira amazônica: geomorfologia e dinâmica sedimentar
- Etnografia e história oral em comunidades amazônicas
- Evolução humana: origens, trajetória biocultural e história profunda na Amazônia
- Explorando o sistema aquífero Amazônia (saga) na educação: desenvolvendo consciência ambiental e práticas sustentáveis na formação de professores
- Fazendo ciência na floresta: populações indígenas na formação dos professores
- Genética forense de pescado amazônico
- Geotecnologia e desastres naturais: análise e mapeamento
- Inovação em bioeconomia na Amazônia
- Insetos forenses: a biodiversidade a favor da lei
- Inteligência artificial para a predição e controle de epidemias
- Macrobrachium rosenbergii (camarão gigante-da-malásia): um gigante também na invasão de águas amazônicas
- Matemática acessível e justiça social: potencialidades da audiodescrição e dos materiais manipulativos
- Metodologias ativas e o cérebro aprendiz
- Monitoramento ambiental territorial independente da volta grande do xingu: importância da pesquisa colaborativa na defesa da partilha e dos usos múltiplos da água no contexto do sistema de operação da usina hidrelétrica de Belo Monte
- Morosidade estatal ante o direito fundamental à titulação quilombola
- Mudanças climáticas e a necessidade de cidades resilientes
- Museus e mapas na descrição etnográfica: os centros de ciências e saberes
- Nova cartografia social e trabalho de campo
- O universo extremo
- Objetivos de desenvolvimento sustentável no brasil e produção audiovisual
- Peixes comercializados na Amazônia costeira: reconhecendo os principais grupos
- Percepção corporal a partir do método Gyrokinesis®
- Pesquisa perfil-opinião em museus: dados quantitativos para visitas de qualidade
- Plantas da Amazônia costeira
- Popularização da ciência e jornalismo socioambiental na Amazônia, com foco na produção e distribuição de conteúdo sonoro
- Povos indígenas brasileiros: suas línguas, culturas, cosmologias e vivências na Amazônia
- Povos indígenas e o direito à consulta livre, prévia e informada
- Povos indígenas, história e meio ambiente na Amazônia
- Uma incursão à história social da língua geral no período colonial por meio de fontes documentais
- Urbanismo dos povos da floresta – a perspectiva das espacialidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas
- Urbanismo, paisagismo e percepção sensorial: lições de convivência e sustentabilidade a partir do entorno do rio Sapucajuba no campus de saúde da UFPA
- Utilização de óleo de cozinha residual, cascas de frutas e sementes na produção de sabão
Veja abaixo a lista dos WEBMINICURSOS:
- A inclusão da epilepsia no contexto amazônico
- Abordagem multinível na análise comparada da adesão à democracia na américa latina
- Bases e análise de dados para políticas públicas
- Bioacústica e suas aplicações para estudos da biodiversidade
- Ciência aberta, inteligência artificial: o que muda e o que não muda na redação do artigo científico
- Compreendendo e estimando a poluição luminosa por meio da escala de Bortle e do Stellarium
- Comunicação audiovisual: usando as redes sociais como ferramentas para o engajamento sustentável e inclusivo
- Cultivo do camarão-da-Amazônia macrobrachium amazonicum: potencial de desenvolvimento da carcinicultura na Amazônia
- Desenvolvimento de fármacos a partir do tesouro verde da caatinga e do cerrado
- Direito do consumidor e segurança digital
- Enem e química: matriz de referência e microdados como instrumentos potencializadores do ensino
- Estado laico na prática: direito, saúde e educação
- Experiências de patrimonialização na Amazônia
- Experimentos de demonstrações para o ensino de ciências
- Inclusão de pessoas autistas no contexto educacional da Amazônia
- Inovações em ciências sociais na educação escolar: os nexos contemporâneos entre formação docente e prática de ensino
- Introdução a arte rupestre brasileira
- Morfologia urbana das cidades amazônicas
- Museus indígenas virtuais: educação na Amazônia e memória ancestral nas telas
- O clube de ciências da UFPA e o ensino de ciências por/com pesquisa e gêneros textuais na educação básica: aspectos teóricos e práticos
- O ensino de astronomia em ciências com o uso do Stellarium
- O papel das governanças locais de povos tradicionais da Amazônia paraense no período da pandemia da covid-19
- O pensamento social de Lélia Gonzalez e o ensino de sociologia
- Pedagogias feministas no trato com as práticas corporais e esportivas: combatendo estereótipos nocivos de gênero
- Por outros modelos de formação: a curricularização da extensão universitária e a construção de universidades democráticas
- Práticas educativas em espaços não formais
- Redesenho da paisagem rural: sistemas agroflorestais como alternativa para a readequação ambiental
- Regionalização do saneamento: desafios à universalização e a agenda 2030 da ONU (ODS6)
- Relações homem-natureza
- Saneamento, sustentabilidade, inclusão social e promoção da saúde: uma combinação necessária na Amazônia
- Software QGIS: introdução e aplicações
- Turismo sustentável e mudanças climáticas na Amazônia
Considerado o maior evento científico da América Latina, as Reuniões Anuais da SBPC são gratuitas e abertas a todos. Reúnem todos os anos milhares de pessoas – cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, profissionais liberais e visitantes, além de autoridades e formuladores de políticas públicas sobre ciência e tecnologia no País.
Sua programação inclui atividades como a SBPC Inovação, SBPC Afro e Indígena e a SBPC Educação. Inclui ainda exposições como a SBPC Jovem e a ExpoT&C, com atrações trazidas por instituições de todos o País para todas as idades e interesses.
A 76ª edição é uma realização da UFPA e da SBPC, que tem como sócios institucionais a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM). Os patrocinadores são a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), a Finep, Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Esta Reunião Anual tem como parceiros institucionais a Universidade do Estado do Pará (Uepa), o Instituto Federal do Pará (IFPA), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
Conta, também, com o apoio da Prefeitura de Belém, da Semec, da Secretaria de Estado de Cultura-SECULT-PA, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Educação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério de Desenvolvimento Social.
Programe-se e participe!
Para mais informações: https://ra.sbpcnet.org.br/76RA/
Vivian Costa – Jornal da Ciência