Segundo reitor da UFSB, o projeto contribuirá para o desenvolvimento da região. A Universidade sediará na próxima semana a 68ª Reunião Anual da SBPC, de 3 a 9 de julho, no campus de Porto Seguro
Com a intenção de melhorar a educação pública na Bahia, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação do Estado, implantou três Complexos Integrados de Educação distribuídos nas cidades de Itabuna, Porto Seguro e Itamaraju. A ação, desenvolvida com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que este ano recebe a 68ª Reunião Anual da SBPC, é resultado do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, criado por meio do Decreto 16.718, de 12 de maio. A perspectiva é de que esses complexos beneficiem diretamente três mil estudantes do ensino médio.
As unidades vão abrigar, no turno diurno, ações de Educação Integral e, no turno noturno, será ofertada a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Ensino Médio Regular, voltado a jovens e trabalhadores. Elas também terão espaço para o ensino superior, com o funcionamento dos Colégios Universitários (Cunes), da UFSB, onde serão ofertados os cursos de licenciaturas interdisciplinares.
Os complexos integrados também serão destinados à formação de professores, por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT), e servirão de base para outros projetos da Secretaria da Educação do Estado, como o Ensino Médio por Intermediação Tecnológica (Emitec), Ciência na Escola e Centros Juvenis de Ciência e Cultura.
Naomar Almeida Filho, reitor da UFSB, que os Complexos irão contribuir para o desenvolvimento das regiões onde serão implantados. “Os alunos, sem sair de onde moram, podem entrar na universidade cumprindo as atividades do primeiro ciclo em licenciaturas interdisciplinares, cujo campo de prática é a escola de ensino médio. É uma fórmula que permite a formação do professor no local em que ele reside e isso aumenta a probabilidade dele se tornar um docente da região, se fixando no local onde mais se precisa de professor”, afirma.
Entre os desafios para que o projeto dê certo, explica Almeida Filho, está o de desconstruir a educação como fator de exclusão social. “É preciso integrar sistematicamente a universidade ao campo social da Educação; recriar a universidade pública como protagonista em novos modelos de desenvolvimento regional e pioneiro”, afirma.
A UFSB é responsável pela gestão pedagógica dos três complexos e assessorará a gestão administrativa, que é de competência da Secretaria da Educação.
Para o reitor da UFSB, o Complexo Integrado foi uma revolução no modelo. “Ainda estamos experimentando e em 2020 iremos fazer uma avaliação do que foi feito. Mas, infelizmente, com o cenário atual, há dúvidas”, finaliza.
Vivian Costa – Jornal da Ciência Impresso – edição junho/2016