Entidades científicas, acadêmicas e sindicais de todo o País se mobilizaram novamente na manhã desta quarta-feira, 10 de março, com um tuitaço contra medidas da PEC 186/2019, também chamada PEC Emergencial. Elas se manifestam a favor do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, porém contra o desmonte do serviço público que a PEC propõe. Com a #600semdesmonte, a ação chegou em 2° lugar entre os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter, com mais de 20 mil tuítes, e foi citada em programa da Rede TVT e no Encontro com Fátima, da TV Globo.
Na ação, as entidades ressaltaram que em tempos de pandemia, a PEC Emergencial deve tratar apenas do auxílio emergencial, e não da retirada de recursos de serviços públicos. Em outra mensagem, afirmam que o auxílio é necessário, mas não pode implicar cortes de recursos da saúde, da educação e de outros serviços públicos essenciais para a população.
Para Marcelo Mori, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em São Paulo – SubÁrea II (SBPC-SP II), esse tipo de manifestação é importante para sensibilizar a sociedade como um todo, inclusive parlamentares e governantes. Ele lembrou que essa não é a primeira ação contra esta PEC Emergencial, que chegou a propor a desvinculação dos recursos obrigatórios para saúde e educação do Orçamento Geral da União.
Nesta quarta-feira,10, a Câmara dos Deputados retoma a votação da PEC do novo auxílio emergencial, para analisar destaques apresentados ao texto-base aprovados ontem (09) em 1º turno. A proposta permite ao governo pagar novas parcelas do auxílio emergencial e prevê medidas de ajuste fiscal, retirando recursos de serviços públicos essenciais.
Jornal da Ciência