Pesquisadora que acabou de deixar o comando da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) afirma que só há saída se o governo deixar de tratar a ciência como despesa
A necessidade de se investir em ciência e em tecnologia foi propagada feito um mantra pela professora Helena Nader, enquanto presidente da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), durante três mandatos consecutivos (2011 a 2017). No entanto, ao deixar o cargo em julho, não pretende se dar por vencida. “Vou continuar lutando pela ciência. É a minha vida”, diz a pesquisadora, que critica a maneira como os governantes lidam com o tema. “É investimento, e não despesa”, afirma, diante dos últimos cortes do governo federal. Apesar das barreiras, a professora reconhece os avanços do saber científico nacional e não se abate por ainda não termos tido um brasileiro ou brasileira entre os agraciados com Prêmio Nobel. Durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, que neste ano aconteceu na UFMG, na Pampulha, milhares de pessoas, entre professores, estudantes e pesquisadores, estiveram no campus durante uma semana para debater e refletir sobre os rumos da ciência brasileira. Em meio a uma agenda apertada, Helena Nader conversou com Encontro em um hotel próximo à universidade, quando falou dos principais desafios para quem lida com ciência no país, da angústia dos estudantes e da importância do tema para o desenvolvimento de uma nação.
Leia na íntegra: Revista Encontro