Tratamentos sem comprovação científica adotados como solução de saúde pública por motivos políticos. No sentido inverso, vacinas salvadoras que são atacadas por notícias falsas e, por isso, desprezadas por parte da população. As fake news, que continuam circulando com desembaraço na internet, apesar do esforço – ao menos nos últimos anos – de governos e entidades de cunho social em desmascará-las, são um desafio a mais no caminho de quem se dedica a inovar nas áreas de ciência e tecnologia.
O tamanho desse desafio ficou nítido nos primeiros anos da pandemia de covid-19, quando alguns países, especialmente o Brasil, fizeram de tudo para evitar o necessário isolamento social para conter a disseminação da doença – no caso, a alternativa foi incentivar um “tratamento precoce” à base de medicamentos próprios para combater a malária (a cloroquina) e a infestação de piolhos (a invermectina). Não deu certo, claro, mas ainda assim o governo brasileiro dobrou a aposta quando foram anunciadas as primeiras vacinas: colocadas sob suspeita, dada a rapidez com que foram desenvolvidas, demoraram a chegar ao país.
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