A insegurança hídrica atinge 12% das famílias brasileiras, o que equivale a seis milhões de domicílios no país. E onde falta água, falta comida. Apesar das diferenças regionais, 42% das famílias com insegurança hídrica – dificuldade de acesso à água – também convivem com a fome, enquanto apenas 14,3% destes domicílios estavam em segurança alimentar.

Os dados constam do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil 2022 (II Vigisan), realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). O estudo foi apresentado na mesa-redonda “Superação da Pobreza – Acesso à Água, Alimento, Saneamento e Geração de Riquezas” dentro da programação da reunião regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Teresina (PI).

O foco do II Vigisan é alimentação ou insegurança alimentar (IA). Realizado em campo pela empresa de pesquisas Vox Populi, o levantamento abrangeu as cinco macrorregiões (rural e urbana) e as 27 unidades da federação. A amostra é composta de 12.745 domicílios, com entrevistas face a face realizadas entre novembro de 2021 e abril do ano passado.

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