Física atômica, biologia celular e outras 3 áreas acumulam mais láureas do Nobel

Pesquisadores compararam tema de estudos premiados de 1995 a 2017 com milhões de artigos. A presidente da SBPC, Francilene Garcia, diz que a falta de premiação voltada à área ambiental –até por não haver um prêmio específico para essa área– fez com que a ciência do clima demorasse a entrar em evidência

Um estudo publicado na revista PLOS One concluiu que cinco áreas das ciências acumulam mais láureas do Nobel. São elas: física das partículas, biologia celular, física atômica, neurociência e química molecular. O artigo, publicado em 2020, analisou o tema do artigo-chave dos vencedores do prêmio de Medicina, Física e Química entre 1995 até 2017.

Apesar de os cinco domínios representarem 10% de 63 milhões de artigos científicos —a sua maioria publicados entre 1996 e 2016—, eles somam 54% dos prêmios Nobel. Os autores usaram uma classificação que divide a ciência entre 114 domínios, e apenas 36 deles receberam ao menos um Nobel.

Os autores do artigo argumentam que isso pode direcionar os recursos voltados para pesquisa, o que resulta em um ciclo de desigualdade em que as áreas de menor destaque no Nobel recebem menos recursos para pesquisas e conseguem avançar menos.

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Francilene Garcia, diz que a falta de premiação voltada à área ambiental –até por não haver um prêmio específico para essa área– fez com que a ciência do clima demorasse a entrar em evidência.

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo

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