Foz do Amazonas é supersensível a óleo e exploração carece de dados científicos, dizem pesquisadores

Cientistas lembram existência de atlas de sensibilidade ambiental em caso de vazamento e defendem que estudos norteiem decisões

Há oito anos, o governo federal tem um detalhado atlas que mapeia a vulnerabilidade da região da foz do rio Amazonas a um eventual derramamento de petróleo. O documento –chamado carta de sensibilidade ambiental a derramamento de óleo– foi concluído em 2016 pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima).

O atlas foi elaborado por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, da UFPA (Universidade Federal do Pará) e do Iepa (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá). É uma baliza para um plano de contingências, caso ocorra vazamento de petróleo na região onde o rio Amazonas deságua no oceano Atlântico.

A carta aponta uma capacidade altíssima de ecossistemas da região da foz de absorverem hidrocarbonetos; uma extrema sensibilidade da costa a óleo; e uma altíssima dificuldade de limpeza de manguezais, que são abundantes na região, e de florestas de várzea, áreas úmidas e praias, em caso de vazamento de petróleo.

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo

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