O Instituto Federal de Alagoas – Campus Penedo marcou presença na 70ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada entre os dias 22 e 28 de julho, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió. Na ocasião, estudantes e servidoras compartilharam experiências nas áreas de extensão e pesquisa.
Um dos destaques foi o projeto Química é Show, levado pelos estudantes Alan Lessa, Alana Mayara, Layane Vieira e Roberta Farias, sob a coordenação da professora Elisangela Santos. A apresentação aconteceu na sexta-feira (27), dentro da programação da SBPC Jovem, que é destinada a estudantes do ensino básico e se constitui de eventos lúdicos e interativos. E é exatamente de forma divertida e com a participação do público espectador que o projeto do Ifal Penedo busca explicar e descomplicar assuntos da área de Química.
A iniciativa de extensão já está em seu terceiro ano consecutivo e tem como público-alvo estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas de Penedo. “Já conseguimos alcançar quase todas as escolas das redes estadual e municipal localizadas na cidade”, destacou o aluno Alan Lessa, que integra o Química é Show desde o início de 2016. O projeto foi uma das apresentações selecionadas para o espaço SBPC Jovem, por meio do edital 2018 da Feira de Ciências da Educação Básica do Estado de Alagoas, a Experiment-AL.
Projeto Química é Show foi apresentado na SBPC Jovem.Entre os conteúdos abordados durante a apresentação, reações químicas, ácidos e bases, polaridade e neutralização. Segundo a professora Elisangela Santos, na edição atual do projeto, quatro novos experimentos foram agregados. Em um deles, a equipe consegue formar em um recipiente a bandeira do Brasil. “Nesse recipiente, nós temos quatro compartimentos com soluções aquosas que passam de incolor às cores da bandeira, tornando possível a explicação prática sobre indicadores de PH”, relatou a docente, referindo-se à escala utilizada para especificar a acidez ou basicidade de uma solução aquosa.
E, para quem acha que experimentos químicos sempre resultam em explosões, o show inclui dois efeitos especiais: a fumaça de vapor de água gerada a partir da combinação do peróxido e permanganato de potássio e o balão explosivo com gás hidrogênio. “Neste último experimento, o público fica muito curioso para saber porque somente um balão explodiu. É quando explicamos que um deles tem hidrogênio, um gás altamente inflamável, e o outro oxigênio, que não é inflamável”, disse Alan, ressaltando que são justamente essas e outras curiosidades dos estudantes que fazem com que eles aprendam sobre Química durante o show.
Oficina e mesa-redonda
Outras duas atividades que levaram o nome do Ifal Penedo a 70ª Reunião Anual da SBPC foram a oficina com a assistente social do campus, Danielly Spósito, sobre “Questões étnicas, de gênero e tecnológicas: propostas de espaços de fala nas instituições de ensino”, e a mesa redonda sobre cinema alagoano, que teve como uma das debatedoras a professora de História, Viviane Melo. Na oportunidade, a docente falou sobre a relação entre cinema e história como possibilidade de campo de pesquisa. “Levei como experiência minha dissertação de mestrado, na qual abordei a fiscalização feita pela Igreja Católica, em torno de uma moral cristã nas salas de cinema, entre as décadas de 50 e 70”, informou.
A assistente social do campus, Danielly Spósito, ministrou oficina junto com a pró-reitora de Pesquisa e Inovação do Ifal, Eunice Palmeira. Na oficina, Danielly Spósito dividiu o espaço com a pró-reitora de Pesquisa e Inovação do Ifal, Eunice Palmeira. “A proposta foi compartilhar dois projetos da instituição, sendo um de pesquisa e outro de extensão”, explica a assistente social, referindo-se ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado por ela no âmbito do Ifal, e ao Mulheres Exatas, desenvolvido no Campus Maceió sob a orientação da professora Eunice. “A partir dessas duas experiências, a gente dialogou sobre como as pessoas ocupam os espaços dentro das instituições de ensino e foi muito interessante porque o público que participou da oficina foi bem diversificado. Tivemos gente das áreas de Exatas e Humanas da Ufal, do Ifal e do IF de Sergipe”, concluiu a servidora.