Ildeu de Castro Moreira integra equipe de transição do Governo Lula

Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) entre 2017 e 2021 é um dos 12 integrantes do grupo técnico de Ciência & Tecnologia. Além dele, o presidente de honra da SBPC e ex-ministro da CT&I, Sergio Rezende, e dois conselheiros da entidade, Ricardo Galvão e Ima Vieira, foram nomeados

O ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, é um dos 12 nomes que compõem o grupo técnico de Ciência & Tecnologia que auxiliará na transição do Governo Lula. O anúncio foi realizado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, na manhã desta quarta-feira (16/11).

Além de Moreira, também integram a lista dos especialistas o presidente de honra da SBPC e ex-ministro da CT&I, Sérgio Machado Rezende, e dois conselheiros da entidade: Ima Vieira, pesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi; e Ricardo Galvão, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que havia sido demitido do cargo durante o Governo Bolsonaro por divulgar dados de desmatamento da Amazônia.

Confira todos os nomes envolvidos no grupo técnico:

– Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangabeira;

– André Leandro Magalhães, mestre em engenharia aeronáutica, ex-presidente do Dataprev;

– Celso Pansera, ex-deputado federal e ex-ministro da CT&I;

– Ildeu de Castro Moreira, professor da UFRJ e ex-presidente da SBPC;

– Glaucius Oliva, professor titular do Instituto de Física da USP de São Carlos, ex-reitor da USP e ex-presidente do CNPq;

– Ima Vieira, doutora em Ecologia, pesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi e conselheira da SBPC;

– Iraneide Soares da Silva, doutora em História e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em História e Memória da Escravidão e do Pós-Abolição da UESPI;

– Leoni Andrade, diretor de Tecnologia e Inovação do Senai;

– Luis Manuel Rebelo Fernandes, professor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-RJ;

– Luiz Antonio Elias, ex-secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia;

– Ricardo Galvão, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Ciências, conselheiro da SBPC e ex-diretor do Inpe;

– Sérgio Machado Rezende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, ex-presidente do Finep e presidente de honra da SBPC.

Moreira presidiu a SBPC por duas gestões, entre 2017 e 2021, e foi uma liderança no setor nesses anos, considerados os mais desafiadores para a Ciência Nacional nas últimas décadas. Sua Presidência foi marcada pela luta incansável pela recomposição dos recursos orçamentários para a CT&I.

Professor e pesquisador do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Moreira também leciona no Programa de Pós-graduação em História das Ciências, Ensino de Física e História da Física na UFRJ, e no Programa de Mestrado em Divulgação Científica da Fiocruz. Foi diretor do Departamento de Popularização da C&T do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenador da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (2004 a 2012). Também foi membro dos conselhos da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) e da SBPC, do Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Comitê de Assessoramento de Divulgação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ainda candidato, Lula compareceu à 74ª Reunião Anual da SBPC em julho deste ano, onde criticou os contingenciamentos recorrentes nos recursos de Ciência, Tecnologia e Inovação, justificados pelo Teto de Gastos, e afirmou que realizaria uma reestruturação na área:

“A gente tem que parar de ver as coisas como ‘tal coisa gasta isso’, e ver o quanto custou para o país não fazer as coisas no tempo certo. Quanto custou para esse país ser o último a abolir a escravidão? A fazer a reforma agrária há apenas 50 anos? Em fazer a sua primeira universidade somente em 1920? Ciência e Tecnologia não são gastos públicos, são investimentos para a soberania do país”, pontuou.

Jornal da Ciência