Durante audiência transmitida nos canais oficiais do Senado Federal, representantes de movimentos e entidades educacionais apresentaram diferentes pontos de vista em relação aos caminhos relacionados à política nacional para o Ensino Médio.
Desde o início da consulta pública proposta pelo Ministério da Educação (MEC), tornou-se evidente a dificuldade de se instituir um consenso geral. Nesse sentido, os especialistas convidados pelo Senado Federal destacaram a necessidade de diálogos articulados, mas foi possível observar a complexidade de se chegar em respostas mais definitivas.
Concepção x Implementação
Entre as oposições mais frequentes nesse contexto, o debate entre “problema de concepção ou de implementação” se destaca. De um lado, há discursos que afirmam que a falha do novo modelo nasce em sua formulação, junto à Lei 13.415. Por outro lado, existem aqueles que defendem que os problemas mais relevantes nascem na sua execução, o que pode mudar depois de novos ajustes e reformulações.
“O que a gente não gostaria que acontecesse é o esvaziamento das disciplinas e sua substituição por matérias que não acrescentam em nada na formação do jovem”, afirmou Fernanda Sobral, representante da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), durante a audiência.
Segundo ela, os problemas do novo modelo nascem logo na origem da Lei 13.415, que propôs as atuais mudanças para o Ensino Médio, em 2017. Sendo assim, Sobral enxerga na revogação do modelo a melhor abordagem para o futuro. Entre os argumentos citados, estão a falta de formação adequada de professores e prejuízo à Formação Geral Básica.
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