A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou em Belém, nesta sexta-feira (12), que o Ibama não discute a oportunidade e conveniência de petróleo. “Discute a viabilidade ambiental do projeto que está em licenciamento. Quem decide se o País vai continuar explorando petróleo ou não é o Conselho Nacional de Política Energética. Não é o Ministério do Meio Ambiente”, afirmou.
À tarde, ela participou da programação científica da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Pará e que termina neste sábado (13).
Durante uma reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou a ministra Marina Silva e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, sobre os entraves na liberação de licenças ambientais para projetos de infraestrutura.
A discussão ocorreu em meio a críticas de outros ministros que enfrentam dificuldades em realizar obras, devido ao que consideram excessos nas exigências ambientais, informou a CNN Brasil. Um dos pontos abordados pelo presidente foi a exploração de petróleo na Margem Equatorial, tema que tem gerado discordância entre Lula e Marina.
A ministra comentou o assunto, na UFPA, ao ser questionada por O Liberal. Ela disse que “milhares de projetos estão sendo licenciados nesse momento. Tem viabilidade ambiental, social, então a licença é dada. É uma licença técnica. Não é uma licença política”.
Marina Silva acrescentou que a ministra do Meio Ambiente não interfere para dizer: ‘faz’, ‘não faz’, ‘deixe de fazer’. Não. É uma decisão técnica”. E garantiu: “Lula, nunca, em todas as vezes que trabalhei com ele, nunca disse: ‘faça a licença’ ou ‘tem que fazer’. Ele sempre quer que as coisas sejam resolvidas da forma correta, respeitando o meio ambiente”.
Ministra cita plano para eventos climáticos extremos
A ministra disse ainda que há uma série histórica que mostra que 1.038 municípios brasileiros são suscetíveis a eventos climáticos extremos. “Em cima dessa série histórica, é possível sim a gente fazer alguma coisa”, disse.
Veja o texto na íntegra: O Liberal