Mulheres são maioria nas universidades, mas não coordenam estudos científicos

Elas se afastam mais do trabalho para cuidar da saúde da família, são menos convidadas para pesquisas internacionais e não participam da gestão de financiamentos

Já fazia parte da rotina. A bióloga Rafaela Falaschi conversava com outras mulheres sobre as dificuldades que enfrentavam no mundo acadêmico e era interrompida pelos homens, que a chamavam de “amarga” e asseguravam que não havia machismo nos laboratórios. Após ouvir relatos parecidos, decidiu criar o site “Mulheres na Ciência”, onde artigos poderiam ser compartilhados e comentados sob o ponto de vista feminino. Em apenas um mês, a iniciativa atraiu mil pessoas. E tornou-se um exemplo da tomada de espaços antes monopolizados por homens em diversas áreas de pesquisa.

Hoje, quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres na Ciência, levantamentos mostram como elas assinam cada vez mais artigos, ampliaram seu registro de patentes e parcerias internacionais. Brasil e Portugal são os países com maior equidade de gênero no mundo científico, deixando para trás os Estados Unidos e a União Europeia. Ainda assim, ressalta Rafaela, há muitos desafios pela frente, como debater os cargos e os financiamentos disponíveis para elas.

Veja o texto na íntegra: O Globo