A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) encaminhou nesta terça-feira, 13 de agosto, a moção em defesa da Universidade pública e da liberdade acadêmica, aprovado pela Assembleia Geral de Sócios da entidade, em 25 de julho em Campo Grande, durante a 71ª Reunião Anual da SBPC. O documento foi enviado ao presidente da República; Jair Bolsonaro, aos ministros da Educação, Abraham Weintraub; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; da Economia, Paulo Guedes; da Cidadania, Osmar Terra; da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e aos presidentes das Comissões de ciência e tecnologia no Senado e na Câmara dos Deputados, respectivamente, o senador Vanderlan Cardoso e o deputado Félix Mendonça.
O texto destaca o importante papel da Universidade na construção do conhecimento científico, no ensino de alta qualidade e na extensão à sociedade dos resultados de suas pesquisas puras e aplicadas, e ressalta que tudo isso é fundamentado na construção dos valores da liberdade – liberdade de expressão e de cátedra, princípio constitucional que garante o pluralismo de ideias. Valores que vem sendo ameaçados pela crise democrática por que passa o País.
“Trata-se de defender a autonomia universitária, a liberdade de pensar, de ensinar e de pesquisar, o pensamento crítico e a criatividade, reconhecendo a importância que o conhecimento, em todas as áreas, tem tido para o desenvolvimento brasileiro. Houve a produção de um patrimônio nacional enquanto um sistema nacional fundado na Universidade Pública”, afirma a moção. E continua: “Não admitimos a censura, a intimidação e as tentativas de destruição da Universidade Pública. Não aceitamos a dilapidação de um patrimônio construído por várias gerações de professores, pesquisadores, estudantes e funcionários.”
Jornal da Ciência