Conjugar o rigor estrutural da pintura à necessidade de retratar “mulatas, pretos e carnavais”. Esse era o objetivo de Mário de Andrade quando propôs uma arte moderna, porém atenta à tradição e à brasilidade. Isso é o que discute o artigo especial da segunda edição da revista Ciência & Cultura: A semana de Arte Moderna e o Século Modernista — Extensões.
Mário queria para o Brasil uma arte preocupada em retratar o “brasileiro”. Assim, ele sugeria uma adesão às vanguardas europeias sem, no entanto, que o artista perdesse de vista o que para ele era mais valioso: o tipicamente nacional. Sua intenção era romper com a arte do passado e criar uma arte nova e mais comprometida com a cultura brasileira, fundada na diversidade de um país que recebeu variadas influências culturais.
Segundo Tadeu Chiarelli, professor do Programa de Pós-Graduação de Artes Visuais do Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo (USP), com a necessidade de propor para o Brasil uma arte moderna, porém preocupada com a captação do homem local, Mário de Andrade, atuando como crítico de arte, refreou no modernismo brasileiro todo ímpeto iconoclasta imperante nas vanguardas europeias, incentivando obras ligadas a um realismo sintético. “Mário de Andrade traçou de fato um programa peculiar para a arte brasileira que, em grande parte, foi seguido por aqueles artistas modernistas”, afirma o pesquisador.
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Ciência & Cultura