Pressionados por prazos e resultados, alunos de pós-graduação sofrem de ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, irritabilidade e isolamento
O suícidio de um doutorando nos laboratórios da Universidade de São Paulo (USP), em agosto de 2017, descortinou um tema que costuma ser jogado para debaixo do tapete na academia: a saúde mental na pós-graduação. Ser cientista é, desde a faculdade, o sonho de muitos estudantes que veem a carreira como sinônimo de realização. Mas uma outra face desta vida é ocultada por trás de artigos, congressos, dissertações e teses. Noites mal dormidas, distúrbios alimentares, irritabilidade e isolamento social. O acúmulo de pressões leva a um adoecimento.
Dentre os poucos estudos realizados no Brasil, um levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que 58,6% dos alunos de pós-graduação stricto sensu (programas abertos mediante edital) sofriam de estresse. Os índices mais elevados foram registrados nos centros de Ciências da Matemática e da Natureza (82%) e tecnológico (61%) e no Fórum de Ciência e Cultura (60%) da instituição onde o aluno se matou.
Veja o texto na íntegra: Diário de Pernambuco