Ex-titular da Secretaria de Orçamento (SOF) do Ministério do Planejamento no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, a economista Esther Dweck faz parte de um grupo de jovens economistas progressistas que questionam dogmas cristalizados na onda neoliberal que varreu o planeta a partir dos anos 1980.
Carioca, 44 anos, professora Associada do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela ministra aulas de Teoria da Dinâmica Capitalista e Economia do Setor Público para a graduação e Teorias de Crescimento e Distribuição, Setor Público, Matriz Insumo Produto e Mudança Estrutural para a pós-graduação.
Em entrevista ao Jornal da Ciência Especial, Dweck explica como o orçamento público federal pode combater as desigualdades sociais e porquê a Emenda Constitucional 95, mais conhecida como Teto de Gastos, amplia o fosso social e de renda no país.
A economista fala ainda da queda real de quase 15% no orçamento da Ciência, Tecnologia & Inovação no país nos últimos anos e do ataque do governo atual ao FNDCT, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal fonte de financiamento da ciência brasileira. “A ciência está sendo destruída no Brasil, não é à toa que voltou a ter fuga de cérebros, laboratórios sendo fechados”, comentou.
Janes Rocha – Jornal da Ciência