Depois de um ano de 2019 com risco de colapso no sistema de bolsas para pesquisas por falta de dinheiro, 2020 deve ser menos pior. Se os pagamentos para os jovens pesquisadores estão ao menos garantidos na lei orçamentária, após muita luta da comunidade científica no Congresso, não há dinheiro para a expansão da distribuição de bolsas e muito menos ampliação de programas científicos, segundo membros do setor.
De todo o montante de R$ 4,9 bilhões destinados ao FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), 87,7% estão congelados e não poderão ser usados. No caso específico do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o valor destinado exclusivamente ao fomento científico encolheu 84,4%.
Quando se examina com mais detalhe as rubricas exclusivas ao fomento de programas e de pesquisas stricto sensu se observa a gravidade do problema. A culpa, neste caso, é da reserva de contingenciamento imposta pelo ministério da Economia ao FNDCT. Em 2020, segundo análise feita pela SBPC do Orçamento da União, 87,7% do total arrecadado pelo fundo está congelado pelo governo. O que significa dizer que do total disponível, aproximadamente R$ 4,9 bilhões, apenas R$ 600 milhões estão de fato liberados para custear a ciência no Brasil.
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