Há quase quatro anos, ativistas invadiram o Instituto Royal, no interior de São Paulo, acusado de maus-tratos contra animais (cães da raça beagle, coelhos e camundongo) que eram usados em pesquisas e testes de produtos farmacêuticos. O episódio abriu a discussão sobre os animais de experimentação no país, mas projetos de lei que tentam estabelecer regras mais rígidas, abolir essas práticas e fazer valer métodos alternativos tramitam lentamente no Congresso Nacional.
No Brasil, o próprio Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) reconheceu, pela publicação de duas Resoluções Normativas (RN 18 e RN 31), 31 métodos alternativos que não fazem uso de animais. Essas medidas foram aceitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Atualmente existem outros meios para testar se um produto provoca a corrosão em células, por exemplo. “O desenvolvimento de pele artificial permite a aplicação de muitos testes sem a utilização de animais”, garante a titular do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IBUSP) e representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Lucile Maria Floeter.
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