Para Renato Janine Ribeiro, recomposição dos orçamentos é questão emergencial

A declaração do presidente eleito da SBPC foi dada em entrevista ao podcast da Rádio Cidadania, da UFRJ, dessa quarta-feira, 21 de julho. Ribeiro toma posse, junto à nova Diretoria e Conselho, nesta sexta-feira, 23, durante a 73ª Reunião Anual da SBPC

O presidente eleito da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, foi o entrevistado da Rádio Cidadania, podcast quinzenal da Universidade da Cidadania (UC) da UFRJ, nessa quarta-feira, 21 de julho. Na transmissão, o ex-ministro da Educação conversou com Dulce Pandolfi (UC) e Denise Pires de Carvalho (reitora da UFRJ). Janine falou sobre suas propostas para a entidade, a história e o presente da SBPC, a importância da cultura e da ciência para o desenvolvimento do País e a função social da produção científica. Ele assume a presidência da entidade nesta sexta-feira, 23 de julho, durante a cerimônia de encerramento da 73ª Reunião Anual da SBPC.

“A ciência, educação, tecnologia, saúde, meio ambiente, cultura e inclusão social fazem parte de um círculo virtuoso para o desenvolvimento de uma sociedade e da sua própria economia. Portanto, não há um embate para a economia e verbas para a educação ou para saúde. Tanto que vemos que os países que cuidaram melhor no enfrentamento da covid são aqueles que rapidamente se recuperaram. Não só no convívio presencial, quanto no desenvolvimento econômico. Entre eles estão China e Nova Zelândia. Países que são bem diferentes, mas que conseguiram conter a pandemia e recuperar a normalidade”, comentou Ribeiro.

Para ele, a recomposição dos orçamentos é uma questão emergencial. “E temos inclusive de questionar algumas decisões, porque é surpreendente que você tenha um governo decidindo, por exemplo, isentar as motocicletas de pagar pedágio nas rodovias federais, o que é uma renúncia às receitas. Ao mesmo tempo, cortar verbas das quais dependem a pesquisa. São escolhas de prioridades, que me parecem muito equivocadas”, disse.

Ouça aqui a entrevista na íntegra.

Jornal da Ciência, com informações do UFRJ