Na última semana, por pelo menos cinco vezes o presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou dados científicos produzidos por um instituto de pesquisa federal. “Tenho a convicção que os dados são mentirosos”; “poderiam não estar condizentes com a verdade”; “prejudicam e atrapalham o País”; “esses dados servem para quê?” foram algumas das frases usadas por Bolsonaro para desmerecer as informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento da Amazônia.
Neste domingo, ele disse ainda que na semana que vem haveria uma “surpresa” sobre os dados do Inpe, sem dar detalhes. Esta não foi a primeira vez que o conhecimento científico foi posto em xeque ou ignorado pelo governo. Do aquecimento global à definição de espécies ameaçadas de extinção ou ao tamanho e a importância das áreas de fato preservadas no País, informações relacionadas ao meio ambiente estão entre as mais questionadas pela gestão Bolsonaro.
Para se posicionar diante desse cenário, um grupo de mais de 50 pesquisadores de todas as regiões do Brasil começou a se organizar para oferecer respostas baseadas no melhor do conhecimento científico de um modo acessível à população. Dessa articulação surgiu a Coalizão Ciência e Sociedade.
A partidário, o grupo é formado por pesquisadores de relevante atuação científica, com disponibilidade de tempo para contribuir no diálogo entre conhecimento científico e as demandas da sociedade.
Veja o texto na íntegra: O Estado de S. Paulo