A SBPC estará entre as entidades científicas e de ensino e pesquisa que se reunirão esta tarde na UFMG para discutir frentes de intervenções de curto, médio e longo prazos na comunidade de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, atingida pelo rompimento da barragem do Feijão, da Vale. O encontro será realizado na Sala de Sessões da Reitoria, no campus Pampulha, a partir das 14h. São esperadas cerca de 80 pessoas, representantes de pró-reitorias da UFMG e outras universidades, como a Federal de Juiz de Fora, de Ouro Preto, a PUC-MG, além de representantes de movimentos da sociedade civil.
Segundo da pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, o objetivo da reunião é replicar e ampliar o Programa Participa UFMG Mariana-Rio Doce, organizado pela universidade em 2014 após o desastre da barragem de Mariana. O Participa tem mais de 60 pesquisadores cujo trabalho deu base para o levantamento das consequências nas áreas da saúde, meio ambiente, direitos humanos, econômica e para elaboração de projetos e documentos.
No caso da barragem de Feijão, a ideia é ter várias frentes e também atividades mais diretas de extensão que atuem junto à população atingida. “Infelizmente, tudo indica que o impacto humano (em Brumadinho) foi bem maior que o de Mariana”, afirma Mayorga.
Para a pró-Reitora, a SBPC pode dar uma contribuição valiosa à ação conjunta por congregar pesquisadores e estudiosos de diversas áreas e, principalmente na divulgação de informações e conhecimentos científicos. “Essa é uma linha que a SBPC tem trabalhado muito e é muito afinado com o que nós pensamos que é como divulgar para a sociedade, amplamente, para o cidadão comum, todas as informações, todo esse conhecimento que tem sido construído a partir do estudo desses desastres”.
De acordo com o Conselheiro da SBPC, Eduardo Mortimer, que vai representar a entidade na reunião, a expectativa é mobilizar as várias forças que podem ter algum papel no atendimento das vítimas e recuperação do desastre.
Janes Rocha – Jornal da Ciência