Durante dois anos e meio, seguindo os mais altos padrões científicos, uma espécie de sessão terapêutica semelhante aos rituais xamânicos foi reproduzida dentro do Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal, no Rio Grande do Norte. Porém, no lugar de xamãs, havia cientistas.
Em vez de tambores e cantos entoados por indígenas, a música vinha de uma playlist inspirada nas composições usadas pela União do Vegetal, uma sociedade religiosa espírita fundada nos anos 1960 com objetivo de promover “a paz e o desenvolvimento espiritual de seus discípulos”.
Vinte e nove pacientes com depressão grave resistente aos antidepressivos convencionais, em tratamento no hospital, foram recrutados para o estudo. Metade tomou um chá terroso feito à base de folhas de um arbusto misturadas à casca de um cipó encontradas na Amazônia.
Conhecida como ayahuasca ou daime, a bebida provoca estados alterados de consciência, uma ação conhecida por povos indígenas na América do Sul desde tempos imemoriais, mas que até então não havia testada em um ensaio clínico com padrão ouro para testar a eficácia de novos fármacos.
Veja o texto na íntegra: Revista Claudia