É necessário romper as resistências que ainda impedem as universidades de avançar no real entendimento e significado do conhecimento, de que ciência e cidadania não se opõem. Isso é o que defende artigo da nova edição da Ciência & Cultura, que tem como tema “Universidade do Futuro do País”.
Para atingir esse objetivo, torna-se urgente a criação de formas estruturais mais flexíveis, que possibilitem o desenvolvimento de práticas integradoras das áreas do saber, de pessoas, de instituições. E para isso, é preciso planejamento curricular e avaliação educacional.
Para Malvina Tania Tuttman, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e coordenadora geral do Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro (FEERJ), refletir sobre o ato de avaliar implica perceber o seu significado para além da apresentação de números, resultados ou indicadores. “Avaliar significa apreender uma determinada realidade e indicar caminhos que possibilitem rever ou definir políticas, programas, planos e ações para o enfrentamento das situações diagnosticadas”, aponta. Dessa forma, avaliar compreende, também, o estabelecimento de diagnóstico e do processo decisório.
Através dessa avaliação – e dessa reflexão – deve-se planejar o currículo. O currículo não pode ser apenas um aspecto formal da educação superior, deve ser utilizado para a busca contínua do processo de amadurecimento da formação e potencialidades dos estudantes. “Qual é o currículo adequado para essa geração? Vivenciar a possibilidade de poder renovar a cada dia, trabalhar pela reestruturação da educação brasileira na velocidade adequada, avançar sempre, de forma sustentável, e estar permanentemente disposto a rever, a questionar, a mudar, tendo em vista a formulação e desenvolvimento de políticas públicas que possibilitem uma educação de qualidade social para todo o território brasileiro, devem ser o sentido do currículo e da avaliação”, afirma Tuttman.
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