Depois de receber críticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), para quem os dados sobre desmatamento da Amazônia são incorretos, exagerados e prejudicam a imagem do país, o engenheiro Ricardo Galvão, diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), disse à Folha que ele até pode ser demitido, mas que o instituto é cientificamente sólido o suficiente para resistir aos ataques do governo.
Os ataques ao Inpe, relata Galvão, começaram desde janeiro, mas tinham origem no Ministério do Meio Ambiente. “A única coisa que o Inpe faz é colher dados, nada mais, mas havia insatisfação sobre isso. Isso estava concentrado no MMA e eu não esperava que subisse à presidência da república, mas aparentemente subiu, não sei exatamente pelo esforço de quem.”
“Pode haver consequências para mim, ser demitido. Mas para o instituto não pode haver. Primeiro porque o orçamento já está estabelecido para este ano; estamos preparando o orçamento para o ano que vem. E a situação ficou tão clara, foi tão incrível a quantidade de apoio, até do exterior, que fica impossível para o governo, na minha opinião, fazer algum tipo de retaliação, o que seria ainda mais contundente contra o governo”, disse Galvão.
Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo