Além de um possível reajuste no valor das bolsas de estudos, o Conselho Diretor (CD) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apresentou, na reunião do dia 15, alguns projetos e programas que poderão ser reativados após anos parados por falta de verba.
Um deles é o Pós-Doutorado Junior (PDJ), além do edital Universal que foi relançado recentemente e está recebendo projetos até o fim de setembro. “Agora que finalmente a grande luta da SBPC pelo FNDCT trouxe de volta esses recursos para a ciência e para o CNPq, é o momento da nossa comunidade discutir o destino desses recursos”, afirmou Miriam Grossi, diretora da SBPC e representante da área de Humanidades no CD-CNPq.
Ela celebrou a retomada do PDJ, um programa que vai beneficiar doutores que dedicaram dez anos ou mais aos estudos e pesquisa e hoje não têm nenhuma perspectiva de emprego. “Estamos muito contentes de poder voltar a financiar muitos projetos que estavam parados no CNPq e agora terão uma complementação, incluindo os INCT”, reiterou.
Grossi contou que a questão das bolsas foi acrescentada à pauta da reunião cujo tema principal foi a votação dos prêmios Almirante Álvaro Alberto e Pesquisador Emérito do CNPq. Outros assuntos debatidos foram equidade de gênero e regional na ciência e a análise dos projetos submetidos ao edital Universal cujo prazo de inscrição se encerra dia 30/9.
“A grande mudança no edital Universal é que até 2018 era individual e agora os pedidos devem ser obrigatoriamente em equipe”, comentou. Segundo ela, a meta é ter uma ciência cada vez mais produzida em redes e não individual. Grossi disse esperar que as medidas propiciem uma retomada do interesse dos jovens pesquisadores. “É importante que muita gente se candidate para mostrar que há demanda, um argumento para aumentar a pressão por mais recursos”, afirmou.
Janes Rocha – Jornal da Ciência