Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações sofreu corte de 44% nos recursos. E essa não é a única ameaça ao setor. “É uma aberração. A construção do conhecimento científico não é como a obra de uma estrada, em que se pode recuperar o tempo depois. O prejuízo dessa medida para o nosso futuro é irreversível”, lamenta Helena Nader, presidente da SBPC, ao jornal O Dia
A comunidade científica brasileira está em pé de guerra. E vai à luta no próximo dia 22, em frente ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, portando tesouras de todos os portes e formatos, em manifestação que será replicada em frente a prédios simbólicos para a ciência nacional em diversas capitais. É o chamado “tesouraço”.
O motivo para a saída dos laboratórios para as ruas são as sucessivas tesouradas que o conhecimento brasileiro tem sofrido. No dia 30 de março, o governo, ao perceber que não conseguiria cumprir a meta de déficit primário para 2017 — R$ 143 bilhões — anunciou cortes no orçamento de todos os ministérios, com exceção da pasta da Saúde. No caso do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a tesourada atingiu 44% do orçamento para 2017. Com isso, o valor é o menor que a área vai dispor em 12 anos. “É uma aberração. A construção do conhecimento científico não é como a obra de uma estrada, em que se pode recuperar o tempo depois. O prejuízo dessa medida para o nosso futuro é irreversível”, lamenta Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
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