Quais os impactos para o Brasil de formar menos pesquisadores

Dados da Capes mostram queda na quantidade de vagas ocupadas em cursos de mestrado e doutorado. Para Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC, os problemas vêm desde antes da pandemia

Dados da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) mostram que houve redução no número de vagas ocupadas na pós-graduação no Brasil. Vinte e um por cento dos postos no mestrado e 25% dos postos no doutorado estavam ociosos em 2020. Os anos seguintes registraram diminuição na quantidade de ingressantes.

Colhidos na Plataforma Sucupira, da Capes, e veiculados em 2024 na sua proposta preliminar de Plano Nacional de Pós-Graduação, os dados demonstram os impactos da pandemia de covid-19 sobre os programas de mestrado e doutorado no Brasil. Também atestam a queda de interesse de recém-graduados por esses cursos. O quadro gera impactos de curto, médio e longo prazo para a ciência e o desenvolvimento do país.

Neste texto, o Nexo apresenta os dados da Capes e explica quais são as hipóteses para o aumento do desinteresse pela pós-graduação. Mostra também quais são os impactos de haver menos vagas ocupadas no mestrado e doutorado no Brasil.

O que os dados mostram

Os dados veiculados na versão preliminar do Plano Nacional de  Pós-Graduação mostram que o Brasil contabilizou em 2022 um estoque de 0,7% das pessoas de 25 a 64 anos com mestrado e 0,3% com doutorado. Os percentuais são baixos em comparação com as médias dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Neles as proporções são as seguintes:

Veja o texto na íntegra: Nexo

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