Recursos para a ciência estão extremamente reduzidos, afirma presidente da SBPC

Em entrevista ao canal Tutaméia, Ildeu de Castro Moreira fala sobre a situação preocupante da ciência brasileira

No dia 12 de fevereiro o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira concedeu uma entrevista ao canal Tutaméia, no YouTube, onde abordou a situação preocupante da ciência brasileira e o legado do cientista Charles Darwin.

Moreira chamou atenção para os cortes orçamentários no setor, que vêm ocorrendo desde 2015 e se acentuando nos últimos 4 anos. A batalha mais recente, observou Moreira, é a luta travada pela entidade e outras instituições acadêmicas e tecnológicas pela derrubada dos vetos presidenciais ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal instrumento de fomento à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil.

Diante dos altos números de contaminados e vítimas da covid-19 no País, o presidente da SBPC disse que a entidade tem cobrado do governo federal iniciativas de enfrentamento, mas que, infelizmente, o trabalho das entidades  científicas e instituições de pesquisas e universidades tem ficado a desejar por causa da incompetência e negacionismo que têm predominado em boa parte do governo federal. Uma política que desvaloriza a ciência e não leva em consideração as orientações médicas do mundo. “Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se tivéssemos uma política adequada por parte do governo federal”, ressalta.

Ao abordar a falta de vacinas, Moreira disse ainda que o Brasil poderia estar produzindo seus imunizantes se não existisse esse processo anterior de desvalorização da ciência. “Vivemos uma gravíssima crise sanitária e econômica e, por isso, o Brasil precisa de políticas adequadas e governos que de fato representem os interesses da população”, afirma.

Durante a entrevista, Moreira também abordou a história e o legado do cientista Charles Darwin, que nasceu no dia 12 de fevereiro em 1809. Segundo Moreira, Darwin ficou fascinado com as espécies que ele encontrou durante sua passagem à América do Sul, principalmente, as encontradas em cidades brasileiras, dentre elas, Salvador e Rio de Janeiro.

Veja aqui a entrevista na íntegra: Tutaméia

Jornal da Ciência