A organização de pesquisadores em rede não é nova na Amazônia, começou nos anos 90, mas tem se intensificado nos últimos anos à medida que cresce o interesse mundial pelo conhecimento sobre a floresta.
A mais recente foi lançada em abril de 2024, a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, que reúne instituições sediadas em quatro dos oito países da chamada Pan-Amazônia – que têm a floresta amazônica em seu território. Outro exemplo é a rede Amazônia+10, resultado de uma articulação mediada pelas entidades que reúnem os secretários de ciência e tecnologia (Consect) e as fundações de amparo à pesquisa (Confap) dos nove estados da região mais São Paulo.
Também em 2021 foi lançado o Legal – Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal – um observatório interinstitucional em rede, com a participação de pesquisadores de Instituições de Ensino Superior dos nove estados sob a coordenação geral do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/Uerj). Focado prioritariamente na ciência política, o Legal produz análises e indicadores políticos, sociais e econômicos sobre a região.
Rafael Andery, secretário executivo do Amazônia + 10 comentou que a rede de pesquisadores ajuda a compensar as deficiências estruturais e orçamentárias na região, incentivando a capacidade local. “Sabemos que existe uma capacidade humana muito boa instalada na Amazônia, mas muitas vezes faltam recursos, faltam investimentos”, diz Andery.
Janes Rocha – Jornal da Ciência