Renato Janine Ribeiro defende novo contrato social entre homem e natureza na abertura da 76ª Reunião Anual da SBPC

Em seu discurso na solenidade realizada no último domingo, 7 de julho, o presidente da SBPC celebrou a cidade de Belém e destacou temas como justiça social, negacionismo climático e o papel transformador da ciência
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Foto: Jardel Rodrigues/SBPC

Em seu discurso na solenidade de abertura da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o presidente da entidade, Renato Janine Ribeiro, celebrou a cidade de Belém, ressaltando sua beleza e simbolismo, e reforçou a escolha do local pela importância de abranger todas as regiões do Brasil. Ele destacou a necessidade de um equilíbrio entre o homem e a natureza, evocando a ideia de um novo contrato social que inclua os direitos ambientais e humanos, elementos essenciais da democracia moderna. Com a presença de autoridades e um público expressivo, a cerimônia foi realizada no último domingo, 7 de julho, no Theatro da Paz, na capital paraense.

Janine Ribeiro criticou o negacionismo climático e sanitário, mencionando as devastadoras consequências da pandemia de covid-19 no Brasil, agravadas pela total falta de interesse e capacidade do governo da época de reconhecer a crise e seguir as recomendações científicas. Defendeu um desenvolvimento sustentável e inclusivo, com reconhecimento e remuneração justa para as populações ribeirinhas da Amazônia, responsáveis pelo manejo dessa floresta há séculos. Além disso, o presidente da SBPC enfatizou a importância de uma tributação justa para sustentar políticas de justiça social, alertando contra os cortes de gastos que sempre afetam os mais pobres.

O filósofo e ex-ministro da Educação concluiu sua fala com uma evocação poética, destacando o desejo de uma relação harmônica entre cultura, natureza e progresso científico.

Leia aqui o discurso na íntegra.

Jornal da Ciência