A atividade será montada no Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre
Durante a 66ª edição da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que este ano acontecerá no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, será realizado pela primeira vez a “SBPC Extrativista: O mercado verde e a populações tradicionais”, um evento com atividades que visa ampliar a divulgação da cultura extrativista, além de despertar o interesse dos jovens estudantes e pesquisadores para o tema.
A programação da SBPC Extrativista será montada no Parque Zoobotânico da Ufac e contará com diversas ações voltadas a divulgação da cultura. Entre as atividades estão minicursos, mesas redondas, uma tenda com estandes, exposições de fotografia e vídeos, e muito mais.
Tadeu Melo da Silva, professor do Centro de Ciências Biológicas da Natureza da Ufac, explica que a ideia da realização da “SBPC Extrativista” nasceu de um grupo de instituições locais que entendem que o setor está sendo marginalizado e que precisa mudar a realidade para atingir novos mercados. O setor já superou alguns desafios no passado. A cultura avançou na questão política econômica, mas hoje há outros desafios, que é a questão tecnológica”, explicou.
A vice-reitora da Ufac e coordenadora local da Reunião Anual, Guida Aquino, afirma ainda que a proposta da atividade é disseminar a cultura extrativista para que os produtos possam chegar ao mercado verde. “Entendemos que é importante mostrarmos esta cultura tão presente em nosso estado, um sistema que garante o modo de vida de uma população, e ao mesmo tempo tão carente de tecnologias. Acredito que a SBPC poderá sensibilizar pesquisadores e estudantes para trabalhar em prol deste setor”, explicou.
Para isso, Silva, que também é coordenador de Pesquisa e Extensão do Parque Zoobotânico da Ufac, explica que alguns estandes mostrarão projetos de Pesquisa e Desenvolvimentos, inclusive os locais, todas as etapas da cadeira produtiva – desde a exploração a comercialização – da borracha, açaí, babaçu e castanha-do-pará. “Vamos mostrar experiências, pesquisas, porque a prática do extrativismo está dentro do manejo sustentável, uma forma de exploração de elementos da natureza com técnicas que causem o mínimo impacto ambiental”, disse.
A programação de minicursos e mesas redondas ainda serão definidas, mas Guida adianta dois temas de minicursos já programados que serão ministrados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): “Boas práticas do manejo no Brasil” e “Mapeamento participativo dos produtos extrativistas”.
Parceiros
No dia 8 de abril, Guida se reuniu com representantes dos parceiros – Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Secretaria de Articulação Institucional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CMBio), Comitê Chico Mendes, Central de Cooperativa do Acre, a WWS Brasil, e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, sigla em alemão) – para definir algumas ações na atividade. “Agora vamos definir programação, infraestrutura. Mas a expectativa é das melhores”, finalizou.
(Vivian Costa/SBPC)